Tendo por base o arcabouço conceitual-metodológico desenvolvido no Projeto Regiões de Influência das Cidades - REGIC 2007, a Divisão Urbano Regional 2013 se constitui em um recorte territorial em três diferentes níveis escalares que recobre todo o território nacional. Nesta divisão, cada região criada é contígua e cada município pertence a uma única unidade territorial. Uma especificidade inerente ao trabalho é a identificação de um município polo para cada região. Poe ter como base a rede urbana, os seus limites não ficam restritos aos limites estaduais.

Nesse sentido, o desafio operacional enfrentado no presente trabalho prende-se à necessidade de compatibilizar os processos descontínuos existentes no espaço geográfico, representados pela dinâmica dos fluxos materiais e imateriais que o transpassam e os ajustes necessários para delimitar unidades regionais territorialmente contíguas, apesar de sujeitas a vinculações multidirecionais.

A identificação e delimitação dos novos desenhos regionais, aqui chamadas de Regiões de Articulação Urbana, encontram-se fortemente vinculadas à compreensão das transformações socioespaciais que ocorrem no país e também à maneira como se apreende essas transformações.

O novo quadro territorial surge, desse modo, com alterações significativas nos critérios de determinação regional - conjuntos regionais onde se privilegiou alguns aspectos diferenciadores e marcantes do território de forma a se obter um contorno de cada espaço regional. A contextualização das regiões foi construída assim, a partir de uma visão que combina o processo de urbanização e o processo de integração do mercado nacional, com o surgimento de estruturas verticais que estabelecem relações em rede e fortalecem cidades e
aglomerações urbanas como elementos fundamentais de interconexão da gestão, da infra-estrutura e das atividades produtivas.