Em março de 2008, no agregado das seis Regiões Metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego, havia 21,3 milhões de trabalhadores em toda a população ocupada. Deste total, 4,1 milhões eram trabalhadores por conta própria, que representavam 19,2% do contingente de ocupados.
Do total de trabalhadores por conta própria, 54,5% eram brancos e 44,5% eram pretos e pardos.
Com relação ao sexo, verificou-se que os homens eram maioria nesta forma de inserção (60,8%). Embora a participação feminina fosse menor (39,2%), constatou-se que houve crescimento desta participação em todas as Regiões Metropolitanas, desde 2002. A Região Metropolitana de Salvador foi a que apresentou a maior participação de mulheres trabalhando por conta própria (42,2%).
Os grupos de idade mais jovens são menos numerosos nesta forma de inserção no mercado de trabalho, que tem sua maior incidência no grupo de 50 a 59 anos de idade (22,4%).
Os níveis de instrução mais freqüentes entre os trabalhadores por conta própria são: fundamental incompleto e o médio completo.
Com relação ao indicador que aponta o tempo de permanência no trabalho, verificou-se que 81,1% dos trabalhadores por conta própria estavam há dois anos ou mais no trabalho, percentual bem mais elevado que aquele registrado para a população ocupada (68,6%) para a mesma faixa de tempo de permanência no trabalho.
Os trabalhadores por conta própria estavam assim distribuídos: grupamentos do Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (27,0%), Outros serviços (25,0%) e da Construção (18,0%).
No agregado das seis Regiões Metropolitanas, 20,7% dos trabalhadores por conta própria contribuíam para a previdência. Este indicador assume valores bem menores em Recife e Salvador.
O número médio de horas trabalhadas semanalmente pelos trabalhadores por conta própria foi estimado em 41,3 horas. Esta estimativa ficou próxima daquela observada para a população ocupada (41,5 horas).
O rendimento médio dos trabalhadores por conta própria foi estimado em R$ 1.013,50. Aproximadamente 68,0% dos trabalhadores por conta própria recebiam abaixo de 2 salários mínimos.
O rendimento das mulheres trabalhadoras por conta própria (agregado das seis regiões) era inferior ao dos homens em 32,7%, enquanto na população ocupada esta diferença era de 29%. Os trabalhadores por conta própria de cor preta ou parda recebiam 49,8% a menos que os brancos. Na população ocupada esta diferença era de 48,2%.
O rendimento dos trabalhadores por conta própria que contribuíam para a previdência foi estimado em R$ 1920,80, já para os trabalhadores que não contribuíam, o rendimento foi estimado em R$ 776,40.