Com o lançamento do População em áreas de risco no Brasil, o IBGE traz a público os primeiros resultados referentes a situação da população em área de risco no Brasil, que tem por objetivo gerar dados socioeconômicos, subsídios fundamentais para iniciativas que visam reduzir o número de vítimas fatais e prejuízos materiais relacionados a desastres naturais em todo o país.

Para tal, firmou-se, em 2013, um acordo de cooperação técnica entre IBGE e Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais - CEMADEN, a fim de desenvolver uma proposta metodológica pautada na criação de um novo recorte espacial que auxiliará na gestão de riscos a desastres naturais. A Base Territorial Estatística de áreas de risco - BATER foi gerada a partir da associação dos dados sociodemográficos, Censo 2010, às áreas de risco de inundações, enxurradas e movimentos de massa. O desafio de gerar informações geográficas articuladas em diversas escalas de análise constitui um primeiro esforço em estimar a população brasileira exposta e vulnerável ao risco de desastres naturais.

Foram utilizadas áreas de risco fornecidas pelo CEMADEN, dos 872 municípios monitorados pela referida Instituição, para gerar a Base Territorial Estatística de Áreas de Risco. Os resultados apresentados nessa publicação auxiliam no conhecimento das condições da população residente em áreas de risco, facilitando no campo da prevenção o direcionamento de ações voltadas aos perfis da população residente.

Os dados divulgados na publicação são do ano de 2010, data do último Censo Demográfico realizado pelo IBGE, mas a metodologia foi desenvolvida para ser replicada a partir dos dados do Censo Demográfico de 2020, garantindo o baixo custo de execução e otimização de recursos públicos. Além disso, será possível acompanhar a evolução temporal das características da população exposta ao risco de desastres.