O estudo Divisão do Brasil em Regiões Funcionais Urbanas é a primeira edição da pesquisa REGIC. Foi publicada em 1972 com base de dados dos questionários referente ao ano de 1966. Cabe ressaltar que o nome Regiões de Influência de Cidades só passou a ser adotado a partir da segunda edição, em 1987, mas a natureza geral do estudo é a mesma.
Foram identificados 718 centros nas quatro hierarquias urbanas, classificados da seguinte forma: Nível 1 - Cabeças de Redes Urbanas, Nível 2 - Centros Regionais, Nível 3 - Centros Sub-Regionais e Nível 4 - Centros Locais. Essa classificação geral possui subdivisões que se contadas chegam a 10 hierarquias.
A base de dados para a classificação foi um inquérito municipal preenchido pelas Agências do IBGE em 1966. Três etapas levaram à classificação dos níveis hierárquicos dos centros urbanos e à delimitação de suas áreas de influência. Na primeira, somou-se o número de pontos obtidos por cada centro em cada um dos setores (fluxos agrícolas, distribuição de bens e serviços à economia e à população) e o total geral. Na segunda, estabeleceu-se uma hierarquia em função dos totais de cada matriz de relacionamentos dos municípios. Finalmente, na terceira etapa, a hierarquia e a subordinação dos centros foram definidas pelo agrupamento das matrizes segundo a dominância das relações com cidades metropolitanas - nove Regiões Metropolitanas previamente definidas - e mais a cidade de Goiânia, devido à sua extensa área de atuação e a seu forte relacionamento com São Paulo e Rio de Janeiro.
Ressalta-se que este trabalho é a consolidação de uma sequência de estudos que se iniciou com a publicação Esboço preliminar da divisão do Brasil em espaços homogêneos e espaços polarizados, de 1967, e ao capítulo "Centralidade" da publicação Subsídios à regionalização, de 1968 - ambas utilizando-se da mesma base de dados de questionários de 1967.