O Atlas do Brasil (1959) foi elaborado na Divisão de Geografia do Conselho Nacional de Geografia – CNG do IBGE. Estruturado segundo a antiga dicotomia Geografia Regional/Geografia Geral, o Brasil é apresentado, primeiramente, em seu caráter regional constituído por mapas e seus respectivos comentários de relevo, clima, vegetação, população, atividades econômicas e transportes de cada uma das regiões brasileiras. A segunda parte é constituída de mapas gerais do Brasil, de relevo, clima, vegetação, população rural, urbana, migrações internas, crescimento da população nas cinco décadas anteriores, produção geral, produção animal, produção mineral, produção industrial, importação e exportação. Finalmente, a terceira parte é constituída de mapas estaduais e dos territórios, que complementam os mapas regionais e gerais, com maiores detalhes cartográficos sobre cada uma das Unidades da Federação. O Brasil foi dividido em seis grandes regiões: Norte (atuais estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, parte de Rondônia, parte do Mato Grosso e parte do Maranhão) Meio-Norte (atual Piauí, parte do Maranhão e parte do Ceará), Nordeste (atuais Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e parte da Bahia), Leste (atuais Espírito Santo, Rio de Janeiro, parte de Minas Gerais, parte da Bahia e parte de São Paulo), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e parte de São Paulo) e Centro-Oeste (atuais Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, parte do Mato Grosso e parte do Maranhão). Seguindo o tradicional temário geográfico, cada região foi analisada em termos de relevo, clima, vegetação, distribuição da população (rural e urbana), atividades econômicas e redes de transporte e na segunda parte do Atlas, os mesmos temas são estudados no âmbito do conjunto do território nacional. De característico é o fato de essa edição ter o formato editorial de um livro.

No ano seguinte, é lançada a segunda edição devido ao sucesso da primeira – esgotaram-se os 10 mil volumes produzidos em pouco mais de três meses, levando o IBGE a lançar uma segunda tiragem, em formato mais cômodo (“um atlas de bolso”), enriquecido de ilustrações fotográficas e de dados definidores do panorama nacional, e destinado a uma divulgação mais ampla. Evidentemente ele não substituiu o Atlas do Brasil de 1959 por completo até porque tinha objetivo diferente. De acordo com o presidente do IBGE na época, Jurandyr Pires Ferreira, trata-se de “livro destinado a ajudar a memória e a consulta permanente”.