Na década de 1940, impunha-se a necessidade de adoção de uma única divisão territorial tanto para fins de divulgação das informações estatísticas produzidas pelo Conselho Nacional de Estatística - CNE, do IBGE, como para fins de ensino da Geografia no País, fazendo com que houvesse a preocupação, inclusive, em articular os diferentes níveis de divisão regional em Grandes Regiões, Regiões e Sub-Regiões com os níveis educacionais.
A normatização da primeira proposta oficial de Divisão Regional realizada pelo Conselho Nacional de Geografia - CNG remonta à Resolução n. 72, de 14.07.1941, estabelecida por esse Conselho, que fixou o quadro de Divisão Regional do Brasil, para fins práticos, dividindo o País em cinco Grandes Regiões, além de promover a sua adoção pela
Estatística Brasileira.
Logo em seguida, por meio da Resolução n. 77, de 17.07.1942, o CNG estabeleceu as normas a que deveria obedecer a divisão regional das Unidades Federadas brasileiras, para fins práticos e a proposta de um quadro básico de divisão. Nesse contexto, o Conselho considerou que a divisão das Unidades da Federação brasileiras em Zonas Fisiográficas comportava revisões e atualizações que as tornassem mais próximas do que eram consideradas as características geográficas dominantes.
Conceitualmente pautadas nas características do meio físico como elemento diferenciador do quadro regional brasileiro, as Zonas Fisiográficas delimitadas pelo IBGE na década de 1940, representaram não só um período no qual se tornava necessário o aprofundamento do conhecimento do Território Nacional, como, conceitualmente marcam o predomínio da noção de região natural na compreensão do espaço geográfico, em um momento em que a questão regional ainda se confundia, em grande parte, com as diferenças existentes no quadro natural.
Pode-se afirmar que a Divisão Regional do Brasil com base em características físicas constituiu o principal vetor conceitual e metodológico de identificação da diversidade regional brasileira nas propostas iniciais elaboradas pelo
IBGE. Contudo, embora as unidades de maior extensão fossem construídas a partir dos conceitos e métodos associados ao determinismo ambiental, as menores unidades (as Zonas Fisiográficas), apesar dessa denominação, levavam em consideração os aspectos socioeconômicos associados à vertente possibilista de componentes naturais e humanos.
Em termos legais, a Circular n. 1, de 31.01.1942, da Secretaria da Presidência da República, constituiu o documento que determinava a adoção em todos os ministérios da Divisão Regional definida pelo IBGE.
O Mapa e a Base de Dados das Zonas Fisiográficas 1942 foram produzidos utilizando a Malha Municipal de 1940, a fim de retratar a Divisão Regional do Brasil, definida pela Resolução nº 77, de 17 de julho de 1941 do Conselho Nacional de Geografia e publicada no Diário Oficial da União em 1942.