Com o objetivo de subsidiar governos e a sociedade civil com informações estruturais sobre as condições de vida da população brasileira a Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, com o apoio da Coordenação de Trabalho e Rendimento, disponibiliza, neste espaço, uma série de tabelas contendo indicadores que poderão ser utilizados na construção de cenários e no monitoramento das políticas públicas voltadas ao combate da pandemia causada pela COVID 19.

Tendo como base os indicadores produzidos pela Síntese de Indicadores Sociais, a riqueza das referidas tabelas está tanto na desagregação territorial dos indicadores – que, em alguns casos, pode chegar até municípios das capitais – quanto na caracterização do perfil da população por sexo, cor ou raça, grupos de idade, nível de instrução, dentre outros. De natureza estrutural, tais indicadores foram produzidos tendo como referência o ano de 2018.

Como forma de abarcar dimensões importantes das condições de vida da população brasileira os indicadores foram divididos em dois blocos de tabelas: a) indicadores de trabalho e rendimento e b) indicadores de moradia e saneamento. Os grupos etários foram desagregados de forma a possibilitar uma análise das características da população acima dos 60 anos de idade.

Em linhas gerais os referidos indicadores apontam para a existência de maior vulnerabilidade de renda, moradia e saneamento das populações que residem nos estados das Regiões Norte e Nordeste do País. Da mesma forma, há maior vulnerabilidade no mercado de trabalho destas regiões, com elevada participação de trabalhadores sem vínculo formal de trabalho. Estas desigualdades também são observadas quando as desagregações levam em consideração as características da população, sendo mais vulneráveis as mulheres, a população de cor preta ou parda, crianças e, em alguns casos, os idosos; população que vive nas áreas rurais também apresentam maiores níveis de vulnerabilidade nos indicadores produzidos, assim como os arranjos domiciliares formados por mulheres sem cônjuge e com filhos.

Em conjunto com as Tabelas foram elaboradas algumas notas – técnicas, metodológicas e de convenções - relacionadas à construção de alguns indicadores, assim como ao uso das informações produzidas. Cabe lembrar que, por serem oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) foram calculados coeficientes de variação para os indicadores.

Indicadores calculados a partir de pesquisas amostrais – como é o caso da PNAD Contínua – consistem em uma estimativa do valor real deste indicador para a população de interesse. Para tais estimativas, é possível obter medidas que expressam o quão precisas são. O coeficiente de variação, apresentado em valores percentuais, é definido como a razão entre o erro-padrão e a estimativa. Quanto mais próximo de zero o coeficiente de variação, maior precisão tem a estimativa.