O Sistema de Informações e Indicadores Culturais - SIIC visa desenvolver uma base consistente e contínua de informações sobre o setor cultural e construir indicadores relacionados ao tema, de modo a fomentar estudos, pesquisas e publicações, fornecendo aos órgãos governamentais e privados subsídios para o planejamento e a tomada de decisão e, aos usuários em geral, informações para análises setoriais mais aprofundadas. Sua origem histórica remonta a uma parceria celebrada com o então Ministério da Cultura, em 2004, da qual resultou a primeira edição do estudo, referida a 2003. Desde então, o IBGE vem implementando análises sobre a produção (oferta) de bens e serviços, os gastos (demanda) das famílias e do governo, e as características da população ocupada desse setor, com base na consolidação de estatísticas diversas.

Com o lançamento deste informativo, o IBGE divulga os resultados da quinta edição do SIIC, referente ao período de 2009 a 2020, tendo como quadro orientador o Marco Referencial para as Estatísticas Culturais (Framework for Cultural Statistics - FCS) elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - Unesco).

A exemplo da edição pregressa, foram utilizadas, nesta investigação, estatísticas sociais e econômicas do IBGE e registros externos provenientes de sistemas de informação das administrações públicas, o que permitiu caracterizar a população inserida nas atividades culturais, atualizar o escopo da produção de bens e serviços e o índice de preços para mensuração do custo de vida associado a esse setor, bem como identificar os gastos governamentais e das famílias com tais atividades no período considerado. Além do novo formato editorial adotado nesta edição, a presente divulgação do SIIC se destaca pelo aprimoramento de suas análises – há mais desagregações por setores econômicos, grupos populacionais e recortes geográficos, em comparação com a edição anterior. Ademais, houve a aplicação dos resultados da pesquisa Regiões de Influência das Cidades - Regic, realizada pelo Instituto, cujas estimativas permitem conhecer os deslocamentos efetuados pelas pessoas em busca de atividades culturais, ou, ainda, o potencial atrativo de cada Município em relação aos demais relativamente a esse aspecto. Cumpre realçar que algumas das fontes de informação utilizadas se prestam a uma análise de mais curto prazo, relevante, neste momento, para a avaliação dos impactos da pandemia de COVID-19 sobre o setor cultural, enquanto outras permitem delinear a sua estrutura, viabilizando comparações em um horizonte temporal maior.

O informativo também está disponibilizado em meio impresso. As notas técnicas que o acompanham, divulgadas em separado e acessíveis apenas em meio digital, trazem considerações metodológicas em que se destacam a descrição e a classificação das atividades econômicas ligadas à cultura e a sua correspondência com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, as principais características das pesquisas utilizadas como fontes de informação, e os indicadores selecionados para a delimitação desse setor produtivo, e são complementadas com um glossário que reúne os conceitos considerados relevantes para a compreensão dos resultados.

O portal do IBGE na Internet reproduz o volume impresso e disponibiliza o plano tabular detalhado do estudo, com desagregações por recortes diversos, possibilitando aos usuários a exploração do conjunto dessas informações sob diferentes perspectivas.