As contas-satélites são uma extensão do Sistema de Contas Nacionais - SCN. Elas permitem a elaboração de análises sobre o perfil e a evolução de um determinado setor, de forma comparável ao total da economia medido pelas Contas Nacionais.
Com a divulgação da Conta-Satélite de Saúde do Brasil, fruto de esforços interinstitucionais desenvolvidos com a Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, e o Ministério da Saúde, o IBGE apresenta, neste informativo, comentários analíticos sobre a estrutura produtiva e a dinâmica do setor de saúde no Brasil, oferecendo um panorama dos seus recursos e usos no País no período de 2010 a 2021.
A exemplo das edições anteriores, são contempladas três perspectivas de análise desse setor econômico: despesa, que trata do consumo final de bens e serviços de saúde pela população residente; produção, que aborda a participação das atividades relacionadas à saúde na composição do valor adicionado total da economia; e renda, que mede a participação do setor na geração de postos de trabalho e renda no País. As notas técnicas sobre o tema são divulgadas em separado e podem ser acessadas apenas em meio digital, nesta página. Elas trazem considerações de natureza metodológica sobre o estudo, bem como um glossário com os conceitos considerados relevantes.
A Conta-Satélite de Saúde do Brasil, cabe ressaltar, adota uma classificação de produtos e atividades compatível com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, com informações comparáveis entre si e integralmente compatíveis com o Sistema de Contas Nacionais - referência 2010 para estimar a participação da saúde no total da economia brasileira e efetuar análises comparativas ao longo do tempo. Suas estimativas estão, portanto, em conformidade com o System of national accounts 2008, SNA 2008, manual preparado sob os auspícios da Organização das Nações Unidas - ONU, Comissão Europeia - Eurostat, Fundo Monetário Internacional - FMI, Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE e Banco Mundial, o que reflete o compromisso do IBGE com a sistemática de revisões periódicas de suas práticas, conforme preconizam as recomendações internacionais.