O Censo Demográfico constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os Municípios brasileiros e em seus recortes territoriais internos, fornecendo valiosos subsídios à administração pública e ao planejamento social e econômico do País.
Nesta publicação, o IBGE apresenta a segunda edição dos resultados referentes às Favelas e Comunidades Urbanas extraídos do Questionário Básico do Censo Demográfico 2022. Esta versão corrige inconsistências detectadas na sincronia entre as bases de dados geográficas e estatísticas da pesquisa, identificadas durante os procedimentos finais de crítica e conferência dos agregados estatísticos por Setores Censitários. As correções de tais inconsistências, cumpre realçar, não acarretaram mudanças relacionadas à classificação e ao número de Favelas e Comunidades Urbanas, mas, sim, alterações de pequena ordem de grandeza nas subordinações de populações e domicílios associados a esses territórios, por ocasião da primeira edição. Assim, com as correções ora promovidas, a população residente em Favelas e Comunidades Urbanas, no Brasil, passou de 16 390 815 para 16 390 790 pessoas, e, quanto aos domicílios, de 6 556 998 para 6 556 968 moradias.
A exemplo da primeira edição da publicação, lançada em 2024, esta segunda traz algumas características da população residente e dos domicílios situados nesses territórios. Para tal, são considerados os níveis Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Concentrações Urbanas, Municípios e Favelas e Comunidades Urbanas.
Complementarmente a essas duas dimensões de análise, a publicação também contempla o panorama das características e dos padrões de distribuição espacial das Favelas e Comunidades Urbanas no Brasil, traçado na primeira edição, com estatísticas sobre o número de estabelecimentos (religiosos, agropecuários, de ensino, de saúde e outras finalidades) e de edificações em construção ou em reforma nas Favelas e Comunidades Urbanas, entre outras informações, com destaque para a razão entre o número de pessoas residentes nesses territórios e o número de estabelecimentos religiosos e de saúde neles existentes. Um enfoque adicional sobre a população indígena residente em Favelas e Comunidades Urbanas também está contemplado na publicação, estendendo-se tal investigação à Amazônia Legal.
Os comentários analíticos, ilustrados graficamente, evidenciam os principais destaques observados em cada um dos temas explorados, a partir das desagregações mencionadas.
As notas técnicas que integram a publicação discorrem sobre os conceitos e definições adotados na investigação e sintetizam os procedimentos gerais utilizados na coleta e no tratamento dos dados da presente edição da pesquisa.
As informações estatísticas e geográficas sobre as Favelas e Comunidades Urbanas ora corrigidas oferecem aos moradores desses territórios e à sociedade em geral dados atualizados e confiáveis sobre as dimensões de análise consideradas sobre o tema e representam o empenho do IBGE no contínuo aprimoramento de seus estudos e pesquisas e na transparência de seus respectivos resultados, em consonância com os princípios e as boas práticas globais.
Esses resultados, disponibilizados em variados pontos de acesso no portal do IBGE na Internet, entre os quais o Sistema IBGE de Recuperação Automática - Sidra, o canal Panorama Censo 2022, a Plataforma Geográfica Interativa - PGI, além da página da pesquisa, atualizam a série histórica de informações sobre as Favelas e Comunidades Urbanas e contribuem não só para ampliar o conhecimento da sociedade sobre a diversidade social e territorial dessas áreas, como também para oferecer aos moradores e organizações dados confiáveis para o exercício da cidadania.